Você pode até descartar a hipótese agora, mas sua garagem tem grandes chances de ganhar um crossover nos próximos anos. Os números provam que a aceitação desses modelos no Brasil é cada vez maior e estimula as fábricas a investirem no segmento – ainda em 2008, o mercado ganhará mais três carros. O primeiro que chega para incomodar Honda CR-V e Hyundai Tucson é o Dodge Journey, que estréia por R$ 98 900 antes da chegada de Chevrolet Captiva (no final deste mês) e Ford Edge (em setembro), que terão características e preços semelhantes. De acordo com a Dodge, o valor foi reduzido dos R$ 99 900
Produzido em Toluca, no México, o Journey se beneficia do acordo de isenção de impostos entre aquele país e o Brasil para ter preço abaixo dos R$ 100 000 e fisgar quem precisa de espaço, mas quer manter uma aparência descolada para ir ao supermercado, trabalhar ou viajar. Misto de perua e utilitário esportivo, o novo Dodge é feito por uma fábrica norte-americana, mas traz características de um automóvel europeu. “É um carro que nasceu internacional”, explica Philip Derderian, diretor-geral da empresa no Brasil.
O resultado é um modelo que chama atenção não pela extravagância, comum em alguns veículos projetados nos Estados Unidos, mas sim por itens como o ótimo aproveitamento do espaço interno e a boa dirigibilidade. Ao se acomodar nos bancos de tecido – não há opção de couro – com regulagem elétrica para distância e manual para o encosto, o motorista pode desfrutar da cobiçada posição de dirigir “acima do mundo” e agir como se estivesse em um sedã.
Equipado com um motor de 2.7 l V6 de 185 cv a 5 500 rpm e 26,12 kgfm de torque a 4 000 rpm, o novo Journey é bom de guiar e tipicamente europeu no comportamento, com suspensão mais rígida e bem acertada, mas deve um pouco em desempenho para carregar seus 1 940 kg. Com o câmbio em D (Drive), é preciso pisar mais fundo para ter uma reação convincente. Mas se a transmissão seqüencial Autostick de 6 marchas estiver no modo de trocas manuais, as respostas melhoram bastante. Carregado até o teto de bagagens e ocupantes, porém, ele exigirá certa paciência em subidas de serra, por
Espaço para tudo e para todos. Outro ponto forte do Journey é o espaço interno e seu aproveitamento. Projetado para ser um 5 + 2, ele traz cinco lugares convencionais para adultos e mais dois retráteis no lugar do porta-malas. Quem quiser viajar em sete pessoas terá de sacar os bancos que ficam sob o assoalho do compartimento de bagagens e ter o espaço dos objetos reduzido de 758 litros (até o teto) para cerca de 100 litros. A operação é simples e prática, mas, para ocupar os últimos assentos, o visitante precisará de perspicácia. Com as duas fileiras rebatidas, é possível levar 1 461 litros.
Como milagres não existem, os dois da "turma do fundão" ficarão um pouco apertados, mas não terão problemas se forem crianças. Quem estiver por lá poderá se divertir regulando as saídas de ar-condicionado e a temperatura no teto e abastecendo o compartimento de bebidas sob os pés. Com capacidade para armazenar 12 latinhas de refrigerante, o local é impermeabilizado e permite colocar gelo para manter a temperatura ideal.
A série de porta-objetos continua com um localizado sob o banco do passageiro, que permite colocar uma bolsa e a boa lista de equipamentos traz ainda itens como controlador de velocidade, freios ABS com EBD (distribuidor da força de frenagem), controle de estabilidade e ar-condicionado de duas zonas, entre outros.
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