Testando o Nissan GT-R, o maior supercarro japonês

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A histeria em torno do então iminente lançamento do Nissan GT-R levou a uma louca corrida para avaliar sua performance. Vários jornais e revistas instalaram seus equipamentos de medição em “mulas” bem maltratadas e modelos com especificações japonesas do GT-R, com limitação da velocidade máxima a 180 km/h. Alguns testaram o carro em pistas de corrida de relevo acidentado. A maior parte dos números obtidos e anotados foi heróica, elevando a reputação de “Godzilla” à de uma besta mitológica com poderes sobrenaturais, mas estes números preliminares levantaram tantas questões quanto as que foram respondidas. A maior de todas é: como este peso-pesado com tração nas quatro rodas, duas toneladas e 480 cv pode desafiar as leis da física e andar cabeça a cabeça com os leves Porsche 911 Turbo e Corvette ZR1?

Uma das explicações é que os pneus traseiros patinam um pouco; os dianteiros parecem que nunca perdem a tração. A tela de aceleração no centro do console e um aparelho de medição usado, concordam. Não surpreende que as rodas de alumínio forjado tenham bordas estriadas para evitar que os pneus escorreguem dentro do aro. Outro instrumento do painel avisa que apenas 25% do torque está indo para a dianteira na partida (metade do máximo disponível). A linha vermelha se aproxima tão rapidamente que o conta-giros tem problemas para acompanhar, então o motorista tem de subir a marcha pouco antes de o ponteiro tocar a linha vermelha para evitar um corte de giros que nos tomará tempo precioso.



Outro ponto diferencial, são
as marchas supercurtas: o Porsche 911 Turbo, que serviu como referência de desempenho para o GT-R, tem as três primeiras marchas cerca de 10% mais longas que as do modelo japonês, enquanto o Corvette ZR1 tem as mesmas três primeiras marchas em média 40% mais longas. Marchas curtas aumentam a “alavancagem” do motor nas rodas, mas resultam em trocas mais freqüentes, o que pode aumentar o tempo de aceleração em preciosos décimos de segundo. O ZR1 atinge os 96 km/h em primeira marcha, sem a necessidade de trocas de marcha, enquanto o GT-R precisa de duas trocas para chegar à mesma velocidade, o que nos leva ao terceiro truque do Nissan.

Ai esta o vídeo, onde mostra o potencial que todos os jornalistas comentaram a respeito do Nissan GT-R em sua apresentação no Japão. O piloto de teste usa os 480 cv do GT-R sem esforço, houve poucas correções de direção, e assim pode se assegurar que a tecnologia japonesa esta cada vez mais sofisticada. A única coisa que provalvelmente é de se estranhar seria a direção no lado direito. Acredito que não seja uma grande novidadade, mas que sem dúvida é algo bem diferente.



E isso é apenas metade da metade dessa 'dimensão' que o carro proporciona.