Carro anfíbio anda sem motorista

|


magine um carro com linhas arrojadas, ágil, moderno, capaz de entusiasmar qualquer motorista. Mas, cadê o motorista? Não é ficção, nem fantasia. O Squba, fabricado em Zurique, na Suíça, pode ser guiado por satélite. Com um aparelho de GPS na mão, o dono chama o carro de onde estiver. O Squba vai sozinho. Sensores instalados no pára-choque garantem que ele não atropele ninguém no trajeto.
Em poucos minutos, o veículo chega ao destino. O carro é definitivamente incomparável. Mas as surpresas não ficam só na estrada. A grande diferença do Squba está no que ele é capaz de fazer debaixo d'água.

Para a experiência inédita é preciso estar vestido a caráter: máscara, roupa de neoprene e pé na tábua. Destino: Lago Zurique. No começo, o carro flutua como um barco. De repente, vira uma espécie de submarino inundado. Afinal, não tem capota.

O inusitado logo se transforma em espetáculo. Impulsionado por duas hélices, o carro chega a fazer 20 km/h debaixo d’água. Sobe, desce, faz curvas. Parece uma nave futurista. O desconforto inicial vira um passeio, junto a outros mergulhadores.

Na superfície outra vez, avegando como uma lancha, o carro segue até a margem do carro. As hélices dão lugar às rodas e o Squba volta à terra firme.

Imagine um carro normal cheio de água: não teria valor algum. Este, tem um valor incalculável. Nem o dono sabe quanto ele vale. Frank Rinderknecht, proprietário de uma oficina especializada em incrementar carros, conta que gastou 1 milhão de euros para realizar o sonho antigo.

"No cinema, o agente secreto James Bond, o 007, andava em um carro assim. Eu sonhava em ter um também. Depois descobri que o carro do filme era uma miniatura, tudo foi deito em estúdio. Fiquei ainda mais determinado a tornar meu sonho realidade. E consegui", comemora.

Ele mostra que pensou em tudo: um motor elétrico que não engasga embaixo da água, cilindros de ar instalados no porta-malas. Tecnologia que, por enquanto, vai ficar restrita ao protótipo. O Squba não é fabricado em série. Mas, como admite o pai da idéia, nunca se sabe. Com o aquecimento global, aumento dos níveis do oceano, vai que um dia o carro seja útil?